Poesia Gótica + linguagem moderna = Poesia Paralela
Poesias que fluem da alma, muitas vezes sem explicação, mas muitas vezes delimitando o caminho

terça-feira, 19 de abril de 2011

Distúrbios

Mente profunda onde repousa minha prisão
Onde estás, luz, longe da minha visão
Labirinto infinito de curvas atormentadas
Arrasta em si minhas mais sagradas palavras

Corredor de paredes opacas que reluz minha alma
Transcorre o reflexo de uma virtude inútil
Dá sentido ao que não preciso que és fútil
Me perturbas, me aborreces, retiras minha calma

De onde vens, imagens que me norteiam
Se dizem que recebem aquilo que semeiam
Não entendo a diferença entre o real e o anormal
Pois agora há um rio de chamas em meu nível mental

Como fazeres para entender e ser entendido
Se a cada vez que me chamam parece que não estou presente
Combinações sem fim que enlaçam e estremecem minha mente
Em tudo que ouço me sinto ofendido

Duvidam daquilo que sinto e daquilo que vejo
Dizem que são manifestações de meus profundos desejos
Não entendo como não percebem que pra mim não tem sentido
A vida e as condições que meu consciente tem me oferecido

A pior prisão é aquela que não tem muros nem grades
Nos torna escravos dos sentidos e covardes
Mas onde existirá força que eu possa usar
Para me ausentar desse indicativo impar

Nada além de idéias e situações fugidias
Enlaçam-me em teias que me isolam em outro mundo
Dentro de um abismo onde não há paredes nem fundo
De onde a única sensação que ficou é de quando caias

A incapacidade do poder e do movimento constante
Me confunde e me joga pra longe a todo instante
Onde eu poderia encontrar o pedaço desse elo que perdi
Se também estou sem as lembranças do que já vivi

Circulo de fogo que se forma a minha volta
Não deixa que eu demonstre toda minha revolta
Será que alguém consegue ver o mundo como eu vejo
Ou ficarei para sempre preso no que foi me oferecido como desejo


Dedicado à Luz da minha vida, minha eterna inspiração, que amo a cada dia mais.

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