Poesia Gótica + linguagem moderna = Poesia Paralela
Poesias que fluem da alma, muitas vezes sem explicação, mas muitas vezes delimitando o caminho

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Lembranças do que nunca existiu

Hoje acordei sem ter certeza se tudo era real, ou o que estava a minha volta ainda era o sonho; aquele do qual eu nunca acordo. Percebi que continuam faltando os mesmos tijolos de sempre, continuam os mesmos buracos de sempre. Acabei escutando uma música que não deveria ter escutado, e tudo voltou novamente ao ponto onde quase enlouqueci, onde por um instante mágico da vida me foi mostrado tudo aquilo ao qual eu teria direito se tivesse feito as coisas corretamente. Sabe, é um peso enorme saber que você poderia ter acertado tanto em tantas coisas “simples”, mas nós temos o dom de tornar tudo complicado; parece que não sabemos conviver com a simplicidade. Eu só tinha que ser natural, espontâneo, fiel aos meus sentimentos. E acima de tudo, acreditar neles. Mas não o fiz, e como prova e castigo por meus erros, tive que ver tudo aquilo que perdi, e só aí entendi que tudo poderia ser diferente. Não que considere minha atualidade um caminho sem sentido, mas é difícil descobrir que você está dentro de um planeta, mesmo tendo tudo que você considera que precisa, e de repente descobre que existe o “universo”, onde existe muito mais do que você um dia pensou que existisse. Inclusive, a felicidade absoluta. Aquela onde não existem falhas nem brechas por onde o seu sentimento se perde. Descobri que me limitei às coisas mortais, e ignorei como tantas outras pessoas aquilo que eu não via, e assim considerava como impossível. Meu chão me falta novamente, e sinto novamente no ar aquele perfume inconfundível que a felicidade ( e só ela ) consegue trazer. Aí me lembro... perdi uma parte de mim.Como tantas e tantas outras coisas na minha vida, eu perdi um pedaço de mim. Sensação de erro, incompetência, falha, devagar no tempo; foram várias as coisas que me fizeram cair neste imenso buraco de onde vejo a realidade passar agora. Realidade que não tem mais a mesma cor, nem o mesmo cheiro, nem o mesmo toque, nem o mesmo olhar. O brilho se foi, e com ele as minhas certezas e minhas convicções, aquelas que estavam cravadas em minha alma e eu acabei lavando-as de mim com o próprio fogo onde se esculpiram as lanças da minha morte. Dói muito lembrar de tudo isto... O que uma música não consegue fazer com a gente... As lembranças viajam através de qualquer coisa, inclusive uma música; mesmo que seja a última. Porque faço questão de guardar tantas pedras na minha vida, quando ainda há tantas pedras preciosas espalhadas pelo chão que insisto em não olhar quando passo ? Porque é tão difícil viver assim, olhando de longe o passado que fiz questão de construir à minha volta, e que não me deixa mais andar em paz, pois faz questão de fazer tanto barulho que não esqueço dos erros que cometi e que trago comigo, pesando em minhas costas mais do que a penitência por alimentar um fogo que não queima em três elementos, mas apenas em dois. Complicado mesmo... Não quero mais ficar olhando pra trás a toda hora que uma lembrança bate em minha porta, não quero mais ficar pensando nos “se” da vida. O que faz parte do passado, mesmo que sejam decisões não tomadas, devem permanecer lá. Elas não levam mais a lugar nenhum a não ser à incessante dor daquilo que não se tem certeza. Eu não tenho certeza, e nunca vou ter, porque não tentei. Apenas vi, e me deixei encantar pela beleza do destino que nunca mais iria voltar. Por isso me restaram apenas as lembranças; lembranças de uma magia que se perdeu com tempo, que não tem dó nem pena daqueles que não abrem os olhos a tempo de ver sua janela aberta e a felicidade do outro lado, te esperando. O tempo já levou tudo embora. Não quero mais ouvir esta música. Não quero mais estas lembranças; não quero mais sofrer por coisas que nunca aconteceram. Sofremos por aquilo que fazemos, e não por aquilo que deixamos de fazer. Quero e preciso mudar.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Paradigma

Hoje o espaço não é meu. É uma indicação, que acabei de assistir e não poderia deixar de recomendar. Novidade, e fantástico. Quem puder, não deixe de acompanhar. www.ladonix.com

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Paradigma

Na vida da gente geralmente tem tanta gente puxando para baixo, que faço questão de deixar meu protesto aqui, em espanhol que é mais meu estilo, e que todo mundo mesmo assim vai entender: "Mejor solo que mal acompañado".