Poesia Gótica + linguagem moderna = Poesia Paralela
Poesias que fluem da alma, muitas vezes sem explicação, mas muitas vezes delimitando o caminho

terça-feira, 14 de junho de 2011

Insistência

Sabe, as vezes me pergunto porque insisto tanto em algo que, por mais que eu diga, tu não aceitas como verdade. Mesmo entendendo perfeitamente teu ponto de vista, não consigo esquecer-te em nenhum minuto do dia. Insistir pode ser burrice, mas também pode ser sinal de confiança. Confiança em algo que não aconteceu, e que nem tem perspectivas de acontecer. Isso se chama fé.
Eu acredito de forma inabalável no que sinto, e no que um dia o destino irá me trazer. Tu. Estás em meu pensamento em cada respiração minha, em cada sonho que tenho, em cada instante de meditação, na correria do dia-a-dia, até em torno dos problemas que enfrento. Mesmo com problemas, sinto a necessidade de encontrar algo positivo, e é só em ti que encontro meu abrigo. Sei que tua visão e convicção são outras, mas prefiro uma fé cega isenta de chances de acontecer, do que uma realidade efêmera cheia de sonhos que não tentei realizar por medo.
Insisto em dizer que te amo, mesmo sabendo que não aceitas que isso aconteça; insisto em dizer-te que vivo para ti, mesmo sabendo que duvidas de cada vírgula que escrevo; insisto em continuar sonhando com o momento em que teu abraço seja eterno, mesmo sabendo que esse momento é único, e não terei mais chances de estar tão perto de ti.
Vou continuar insistindo, através de minha escrita, pois é uma das únicas armas que tenho para enfrentar esse dragão do destino, que me persegue no intuito de que eu jamais encontre uma maneira de libertar meus sentimentos e assim eles tomem vida. Por mais que ignores minha escrita, ainda acredito que consigo deixar um pontinho de interrogação ao menos eu tua mente, e este pontinho vai te acompanhar para sempre, até o dia em que o tempo te provará cada acento que usei nas poesias que faço para ti.
Tu fostes, és e sempre serás minha estrela encantada no céu, minha eterna inspiração de olhos cor de mel, fonte eterna da água da minha vida e da minha morte. Podes delimitar quando quiseres o momento em que começarei a viver, ou o momento em que definitivamente estarei morto. Tens poder sobre minha alma, minha existência e tudo mais que possuo ou conquisto, pois a força que tenho e uso trago dentro de mim graças
Ao mergulho nos rios de fogo que saem por teus olhos e me queimam até o mais elevado grau de minha alma, me eternizando nesse amor.
Errar, é natural; persistir no erro, é burrice, como dizem. Mas minha persistência não apóia sua idéia num erro. Já errei muitas vezes, assim como continuo errando, mas não mais nisto. Sei que erro no expressionismo de meus pensamentos e de minhas declarações, mas tento sempre acertar, pois não aceito errar justamente contigo. Mas vejo isto como um prolongamento, uma extensão do que sinto.
A manifestação na matéria daquilo que sentimos depende de inúmeros fatores, dentre os quais está a retribuição. Nem tudo é possível se fazer, se tu não abres mão de tuas conquistas materiais e de teus elos formados. Do que me adiantaria desfazer todos os meus elos, por ti, minha única causa nobre para viver, se tu não demonstras nenhum interesse nisto?
Se o que buscas para decidir tua vida, és a prova de que jamais te arrependeria de me escolheres para seguir contigo, não tenho o que fazer. Nada que eu faça nesta vida material serás o suficiente para ti, e disto tenho certeza. Essa prova, se és o que estás querendo, só conseguirás com o passar do tempo, e com os acontecimentos de tua vida sequencialmente.
Alio-me ao tempo na tua espera, e não me importo que lances sobre mim todo tipo de dúvidas, questionamentos ou provações; acredito em mim, e acredito mais ainda em ti, por isto, não temo o tempo nem o que a vida irá te trazer. Pois o mesmo destino que te trouxe até aqui então, irá te trazer a mim um dia, e estarei esperando-te como se fostes o nosso primeiro encontro...

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