Escolher; tantas vezes não temos opção nenhuma. O que chamamos de, “se não temos escolha, então já está escolhido”. Acho que já nos acostumamos tanto com isso, que ficamos perdidos quando temos a escolha, quando a vida nos dá essa oportunidade. Bem, talvez também fiquemos assim por causa das condições das escolhas. Na maioria das vezes temos que escolher entre o que é certo e o que queremos ( ou amamos ).
Nem sempre o que queremos é o certo pelo ponto de vista da conduta social. Ou nos enquadramos na sociedade, ou somos como algo “não necessário “. Não precisa estar ali, pois quando está, ou atrapalha ou não faz diferença.
As escolhas surgem na vida da gente como uma espécie de provação, de teste. Geralmente ficamos entre algo “correto”, e algo que queremos. Mas como se pode fazer uma escolha destas e não errar? O que é o certo, afinal ? Lutar pela minha vida e pela minha felicidade, ou entregá-la em sacrifício da felicidade de outra pessoa ?
O que você faria no meu lugar?
Será que você conseguiria carregar esse peso nas costas pelo resto da vida, em qualquer das escolhas? Pois qualquer uma que seja, você vai se sentir culpado por alguma coisa.
Como você faz isso? Conviver todos os dias fazendo escolhas, e com isso, sendo feliz e fazendo de conta que não tem ninguém por perto, ou vendo tudo o que acontece e deixar a sua vida entrar na sua sala, ficar parada em frente à você, e você deixá-la ir embora por um sacrifício maior?
Eu não queria ter que escolher, mas a vida está jogando de verdade agora, e o meu destino não quer me poupar de nada. Eu vi minha vida entrando pela minha sala e sorrindo pra mim, e eu a deixei ir embora; agora, com certeza ela não vai voltar. E eu não tenho como chegar até onde ela está, porque eu não sei o que ela queria de mim.
Mas, ( sempre tem um mas ), independente de escolhermos rápido ou não, as conseqüências vem rápido, e pra mim já começou. Me sinto sufocado, encostado na parede, sendo esfaqueado pelos dois lados. Qual será menos doloroso?
Sempre aprendi que amar justifica tudo, e eu amo minha vida. Então, porque a deixei ir embora?
Porque sou fraco, e muito menor do que a imagem que passo. Pedir mais uma chance ? Já pedi, mas ela não volta nunca mais.
O destino me testa, e eu me perco nas decisões e não consigo fazer as rodas do meu futuro seguirem no mesmo ritmo; acabo ficando parado, vendo tudo passar, enquanto minha vida vai embora.
Porque fizestes isso comigo, vida minha? Que mal te fiz de tão grave que me abandonastes assim, sem me dar a chance de mudar o mal que te fiz?
Preciso de ti, óh vida minha. Mesmo em tua indecisão, tu trazes contigo a luz que cria meu caminho e me guia pelo labirinto da eternidade.
Preciso de ti, óh vida minha. Sem ti, fico mais longe das decisões e por mais que eu tente entender, só consigo me punir por ter te deixado ir. Não por fraqueza de sentimentos, mas por um dia acordar, e estar em frente ao sonho mais lindo que já tive e ficar parado, admirando.
Não me culpes por admirar tua beleza, teus olhos, teus lábios, tua voz, tua elegância. Se por vezes te magoei por minhas atitudes “paradas”, és porque tu me hipnotizas ao ponto de tirar minha reação. Me ensines a me “soltar”, por favor, para que não te decepciones denovo comigo. Não sei se suportarei te ver ferida mais uma vez pelo medo que tenho de sentir a única coisa que não consigo conceber a magnitude: o amor por ti.
Mas por ele, peças uma flecha em meu coração, que a empunharei na mesma hora e me golpearei, sem fraqueza.
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